Berlim, 8/6/2018.
O Caminho Neocatecumenal celebrará amanhã, sábado 9, e no domingo 10 de junho o aniversário de 40 anos de vida em Berlim com diversos atos. Será comemorado com uma eucaristia de ação de graças, com a apresentação do livro “Anotações” do iniciador do Caminho e responsável internacional, Kiko Argüello, e com a celebração sinfônico-catequética “O Sofrimento dos Inocentes” – cuja música foi composta por ele mesmo – na prestigiada Filarmônica de Berlim.
Ação de graças
A eucaristia de ação de graças ocorrerá amanhã, às 20h, na Catedral de St. Hedwig, em Berlim-Mitte. Será presidida pelo arcebispo Dom Heiner Koch e concelebrada pelo Cardeal Paul Josef Cordes e pelo arcebispo emérito de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Varela.
Dom Koch expressou seu desejo de agradecer ao Caminho Neocatecumenal por seus 40 anos de Nova Evangelização.
É esperada a participação de centenas de pessoas de toda a Alemanha.
Kiko Argüello apresenta o livro “Anotações”
Com mais de 35 mil cópias vendidas de seu livro em vários idiomas, “Anotações” recolhe reflexões, pensamentos, poesias e sofrimentos do autor entre os anos 1988 e 2014.
Kiko Argüello apresentará a versão em alemão no domingo, às 16h30, na Academia Católica de Berlim.
No ato, participará novamente o arcebispo emérito de Madri, cardeal Antonio María Rouco Varela, que vai apresentar alguns pontos chave desta obra que conta com um epílogo do cardeal Gerhard Müller, Prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, quem apresentou a obra em Roma em novembro de 2016. O livro ainda conta com um prefácio do cardeal Cordes.
O prefácio da versão espanhola é do presidente da Conferência Episcopal Espanhola e arcebispo de Valladolid, Ricardo Blázquez Pérez.
O cardeal Müller escreve no epílogo que “os Papas analisaram, acompanharam e promoveram o Caminho Neocatecumenal em várias fases”. “Foi o Papa Bento XVI quem, no dia 11 de maio de 2008, concedeu a seus estatutos a aprovação canônica, reconhecendo assim o carisma dos fundadores como ação do Espírito Santo encaminhada à edificação espiritual e pastoral da Igreja e aprovando esse caminho de evangelização do mundo e de uma nova evangelização para os católicos batizados”.
“As ‘Anotações 1988-2014’, recolhidas por Kiko Argüello e contidas no livro, não oferecem reflexões sistemáticas ou fragmentárias sobre os temas da fé e da teologia. São, ao contrário, o testemunho de um caminho interior da alma e dos esforços para conseguir a confiança em Deus, como também a união com o Senhor crucificado e sofrente”.
“Mas, quanto bem pode ser feito com esse livro!”, escreve também o cardeal.
No prefácio, o cardeal Cordes assegura que “as anotações de Kiko não são somente uma chave para poder entender o Neocatecumenato, mas vai além deste movimento espiritual, pode representar estímulos úteis para o apostolado em geral”.
O cardeal acrescenta que “o autor, em suas Anotações, abre o profundo de sua alma” e ressalta que “o carisma que o Espírito Santo confiou aos iniciadores do Neocatecumenato contagiou, pela força do mesmo Espírito, muitos outros. Enquanto isso, sua difusão é impressionante”.
Por sua vez, Kiko Argüello explica que decidiu publicar suas “anotações” para “proclamar a glória de Deus, dando testemunho do seu amor gratuito e da sua fidelidade incondicional que, como se pode comprovar, sou inadequado, indigno, inútil, infiel…”. “Se estas anotações ajudam a alguém, bendito seja Deus”, diz o iniciador e responsável internacional do Caminho.
“Anotações” é o segundo livro de Argüello, depois da publicação em 2013 de “O Kerigma, nas favelas com os pobres”, traduzido para mais de 25 idiomas e com milhares de cópias vendidas.
A Filarmônica de Berlim recebe “O Sofrimento dos Inocentes”.
Nova York, Boston, Chicago, Auschwitz, Madri, Paris, Vaticano, Israel, Tóquio e Fukushima são só alguns dos lugares nos quais se puderam escutar a sinfonia composta pelo próprio Kiko Argüello, “O Sofrimento dos Inocentes”.
Nesta ocasião, a obra musical que descreve o sofrimento da Virgem aos pés da cruz, viaja até Berlim, onde será interpretada diante de cerca de 2,2 mil pessoas na prestigiada Filarmônica.
O rabino David Rosen, diretor de Assuntos Inter-religiosos do Comitê Judaico Americano e presidente Honorário do Conselho Internacional de Cristãos e Judeus, além de encarregado das relações com o Vaticano e quem foi testemunha direta desta música em várias ocasiões, descreve o trabalho como uma “revolução na relação entre os cristãos e o povo de Israel”.
Será um evento muito especial organizado em nome do diálogo judeu-cristão, seguindo a vontade do Papa Francisco, que expressou em várias ocasiões a necessidade de criar pontes entre as duas confissões.
“De inimigo e estranhos passamos a ser amigos e irmãos”. “Os cristãos, para se compreenderem, não podem fazer sem referência às raízes judaicas. A Igreja, ao professar a salvação por meio da fé em Cristo, reconhece a irrevogabilidade da Antiga Aliança e o amor constante e fiel de Deus por Israel”, afirmou Francisco durante sua visita à Sinagoga de Roma em 2016.
Com esta celebração sinfônico-catequética se fará memória de modo especial às vítimas da Shoá, o Holocausto que acabou com a vida de mais de 6 milhões de pessoas nas mãos do nazismo.
Contará com a presença de numerosas autoridades, entre elas os cardeais anteriormente citados e novamente o arcebispo de Berlim, Dom Heiner Koch.
Comparecerão também um grande número de rabinos e fiéis judeus que mostraram entusiasmo em contribuir para a reconciliação entre o cristianismo e o judaísmo.
O Caminho Neocatecumenal se revelou como um autêntico instrumento neste sentido. Entre suas iniciativas se acham dois encontros internacionais de rabinos e cardeais (2015 e 2017) celebrados na casa Domus Galilaeae, situada no Monte das Bem-Aventuranças (Terra Santa).
A música de Kiko Argüello, que será interpretada pela Orquestra Sinfônica do Caminho, formada por 110 músicos e 90 coristas, é dirigida pelo prestigiado diretor Tomáš Hanus, de fama internacional.
O início do Caminho na Alemanha, graças a Bento XVI
Depois do então Joseph Ratzinger (Bento XVI) conhecer o Caminho Neocatecumenal, por meio da equipe itinerante responsável, Toni e Bruna Spandri, em 1975, e pouco antes de ser nomeado arcebispo de Munique, mostrou novamente seu apoio expressando seu “forte desejo” de “que esta experiência pudesse ser iniciada na Alemanha”.
Desde então, o Caminho se estendeu pelas mais diversas dioceses do país.
O Caminho na atualidade O Caminho surgiu entre os pobres de Madri (Espanha), em 1964, através de Kiko Argüello e Carmen Hernández, que faleceu em 19 de julho de 2016. Atualmente, a equipe responsável internacional é formada por Kiko Argüello, María Ascensión Romero e Pe Mario Pezzi.
Está presente em 134 nações dos 5 continentes, com 21,3 mil comunidades em 6.270 paróquias, assim como 1.668 famílias em missão que evangelizam em cidades descristianizadas dos 5 continentes, e com 120 seminários Diocesanos Missionários Redemptoris Mater.